pela primeira vez olhei
o exterior
céu cinza
folhas em movimento
os ventos as magnetizam
na estranha sensação
de não ter visto nada antes
senti uma nova religião
o lado direito do meu cérebro
sem ouvir
ouvia Dvorak
inventando a sinfonia
do novo mundo
agora o céu
água profunda
árvores e arbustos
banco de coral
não se via ninguém
esvoaçou o mensageiro
da ideia
pássaro negro
com destino marcado
criado estava um novo credo
e eu seu primeiro adorador
assim me passei a chamar
amigo do vento
carlos peres feio - 2005
2 comentários:
Este é um daqueles poemas que nos leva ao nosso interior.
Interior esse que às vezes nos dificulta olhar em volta e ver o que de bom a vida nos apresenta.
Obrigado, Carlos
é lindo.
kisses
Sim, é lindo como todos os poemas do seu livro "Podiamsermais", sem dúvida, esperemos que não se fique por estes para encher o nosso dia a dia de poesia.
BJS
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