The sun and the lune...

The sun and the lune...

quarta-feira, 23 de abril de 2008

(dream)...


Qualquer coisa de obscuro permanece
No centro do meu ser. Se me conheço,
É até onde, por fim mal, tropeço
No que de mim em mim de si se esquece.


Aranha absurda que uma teia tece
Feita de solidão e de começo Fruste,
meu ser anónimo confesso
Próprio e em mim mesmo a externa treva desce.

Mas, vinda dos vestígios da distância
Ninguém trouxe ao meu pálio por ter gente
Sob ele, um rasgo de saudade ou ânsia.

Remiu-se o pecador impenitente
À sombra e cisma. Teve a eterna infância,
Em que comigo forma um mesmo ente.

1 comentário:

carlos peres feio disse...

...quando tive o meu escritório na rua da assunção, ao fim da tarde imaginava-o a sair do seu, a caminho da Brasileira...

cpfeio